Sono

Estudos realizados por Bremer em 1936 visavam relacionar o tronco encefálico com atividade cortical de sono e vigília. Foram feitas preparações conhecidas como encéfalo isolado- secção enrte o bulbo e a medula- e cérebro isolado- secção no mesencéfalo entre os dois colículos.

Um eletroencéfalograma (EEG) nos cérebros isolados possui apenas o traçado de sono enquanto nos encéfalos isolados o ritmo sono-vigília era mantido constante. Pesquisas posteriores determinaram que a formação reticular é a principal responsável pelo mecanismo normal uma vez que estimulada em um animal anestesiado ela promove a ativação cortical e sua destruição leva o animal a dormir.
Foi , então, criado o conceito de sistema ativador reticular ascendente -SARA- formado por fibras ascendentes dessa região e que chegam ao córtex pelos núcleos inespecíficos do tálamo. Impulsos sensoriais também passam , por ramos colaterais, pela formação reticular , perdem sua especificidade e se tornam ativadores corticais. Com isso, fortes estímulos sensoriais podem acordar um animal, por exemplo, se ele for submetido a um ruido forte( sabe-se que o sistema auditivo é único sistema telerreceptor funcionando durante o sono). Se a via auditiva estiver lesada o animal pode acordadar mas não ouvirá o som; se a parte mais cranial da formação reticular estiver lesada o animal não acordará em com estímulos muito fortes. A formação reticular também pode ser ativada pelo córtex cerebral mantendo inibido o sono normal.
Esses experimentos demonstraram como a pessoa acorda, mas como ela dorme? Descobriu-se que certos locais na formação reticular na ponte e no bulbo induzem o sono, logo uma secção no meio da ponte, interrompedo as conexões ascendentesdo núcleo da rafe, produz um estado de vigília constante .