Distúrbios do sono

O Sono Normal

Introdução

Relógio Biológico

SARA e Regulação do Sono

Polissonografia e Estágios

Aspectos Gerais do Sono

Fisiologia do Sono

Neurotransmissores e o Sono

Os Distúrbios do Sono

Parassonias

Sonilóquio

Pesadelo

Terror Noturno

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Sonambulismo

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Epilepsia

Bibliografia

 

 

Sono e Epilepsia

Há muito já se discutia a relação entre epilepsia e sono.A partir de observações e registros dos horários em que os epilépticos apresentavam suas crises , pode-se concluir que elas ocorriam com maior freqüência durante a madrugada. O que se constatou a partir dos fatos observados foi a influência do sono nas crises epilépticas
Existem dois períodos principais do sono para a ocorrência de crises epilépticas: seu início e seu término. Os potenciais epilépticos na forma de paroxismos bilaterais, simétricos, sincronizados de espícula-onda e de espículas temporais ocorrem em todos os estágios do sono, reduzindo em freqüência da noite para a manhã. Particularmente, o sono NREM forma o período preferencial dos paroxismos generalizados e das crises clínicas, tanto parciais quanto generalizadas. A ocorrência de crise no sono NREM é resultante de uma excitabilidade cortical aumentada conseqüente à falta de inibição. O que há é uma diminuição dos impulsos noradrenérgicos inibitórios e um aumento dos impulsos excitatórios sinápticos. O sono REM facilita os tipos de crises generalizadas secundárias a um foco. Neste caso, os mecanismos tálamo-corticais responsáveis pela origem do sono aliados a um aumento da excitabilidade cortical desencadeiam as crises. 
As crises epilépticas também podem interferir no sono mudando sua organização. Os pacientes que apresentam as crises generalizadas ¨Grande Mal¨tendem a despertar mais durante o sono. Isso ocorre devido ao fato de que a instalação da crise provoca uma mudança do estágio do sono para um despertar ou para outro estágio NREM, nunca evoluindo para o estágio REM. A perda principal está na quantidade de sono REM. Em pacientes que apresentam crises parciais complexas o estágio do sono pode seguir seu curso normal ou mudar para outro estágio ou, ainda, o paciente pode despertar. Como conseqüência temos a não alteração do sono NREM mas a diminuição do sono REM. A exceção está para os pacientes epilépticos sem crises noturnas. Nestes, a porcentagem do sono REM é próximo do normal. O uso de medicamentos antiepilépticos pode provocar uma diminuição dos despertares e uma tendência à reorganização do sono. 
Várias crises epilépticas também podem ser desencadeadas pela privação do sono. Neste caso, não há alterações importantes na organização do sono. O que há é um aumento na extensão e no número de despertares. 

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