O
Sono Normal
Introdução
Relógio
Biológico
SARA
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Polissonografia
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Aspectos
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do Sono
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e o Sono
Os Distúrbios
do Sono
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Bibliografia
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Sonambulismo
É uma das parassônias mais comuns na infância. Diminui progressivamente na adolescência, mas um pequeno grupo persiste com sonambulismo até a idade adulta.
O sonambulismo, usualmente, inicia-se nas primeiras horas de sono, e sua duração é variável, desde poucos segundos até vários minutos. O comportamento do paciente é variável, mas simples, podendo sentar, olhar ao redor com face apática, levantar e andar pelo quarto, chegando mesmo a sair para outros cômodos, descer escadas e abrir portas e janelas. Raramente apresenta comportamento mais complexo como trocar de roupa ou urinar. Adultos durante episódios de sonambulismo, tendem a apresentar movimentos mais bruscos e violentos que as crianças, chegando a se ferir.
A polissonografia mostra os episódios típicos de sonambulismo, tendo início durante os períodos de sono de ondas lentas, principalmente nos estágios 3 e 4. A causa desta parassônia é desconhecida, supondo-se que haja fragmentação da transição normal de sono profundo de ondas lentas (estágios 3 e 4) para estágios mias superficiais, levando a uma dissociação. Nesta há comportamento semelhante à vigília (por exemplo, deambulação), ao mesmo tempo em que o EEG mostra estar em estado de profundo sono. O sonambulismo surge entre 1 a 3 horas após o adormecer, e geralmente no primeiro ciclo de sono. Se o sono não for interrompido, o episódio de sonambulismo termina espontaneamente, e a criança continua a dormir em estágios profundos de sono.
Algumas situações que levam a uma maior quantidade de sono de ondas delta se acompanham de ocorrência de maior sonambulismo, como, por exemplo, após privação de sono.
Terapêutica
Durante o episódio de sonambulismo, é necessário cuidado dos familiares tomando condutas para evitar acidentes, como fechar janelas e passagens para escadas, além de retirar objetos cortantes.
As crianças com sonambulismo usualmente deixam de apresentá-la depois de alguns anos, espontaneamente, sem que necessitem de terapêutica. O grupo de adultos com sonambulismo a partir da terceira década de vida difere quanto a evolução e fisiopatologia, sendo associado a período de tensão e alterações emocionais.
Na infância, a terapêutica medicamentosa geralmente não é utilizada. Nos adultos, pelo contrário, cujo sonambulismo é intenso, violento, repetitivo ou prolongado, pode-se utilizar benzodiazepinas, que é eficaz devido à sua propriedade supressora dos estágios 3 e 4.
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